terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

"O PODER DE CURA DAS FRUTAS"




OPÇÃO SAUDÁVEL, FIGO É FRUTA RICA EM POTÁSSIO E FIBRAS


A árvore parece existir desde o início dos tempos e há indicações de que seu fruto já era consumido na Idade da Pedra. Originário da Ásia Menor e abundante em todo o Oriente Médio e no Mediterrâneo, o figo comestível, fruto da figueira "carica" (uma das quase mil espécies dessa árvore), é comum em suas regiões de origem, mas, no Ocidente, já foi iguaria rara e nobre.
Luís 14, rei da França de 1661 a 1715, levou as plantações de figo ao seu país exclusivamente para abastecer a mesa real. E até hoje os franceses tentam manter o caráter exclusivo da fruta. A principal região produtora francesa, Solliès-Pont, conseguiu recentemente obter para o seu figo a "denominação de origem controlada" --a mesma classificação que distingue, por exemplo, um champanhe ou um bordeaux de outros tipos de vinhos.
Mas as grandes "grifes" em figo são a Turquia, o Egito, a Grécia e o Irã, os maiores produtores. A Turquia é a grande exportadora de figos secos e prensados. Do Irã vem um figo exótico, pouco maior do que uma avelã, bastante valorizado na alta gastronomia.
Para aproveitar melhor a fruta sazonal e bastante frágil (sua "vida de prateleira" é de cerca de uma semana), costuma-se desidratar o figo. "Na culinária da bacia arábica, da Turquia e da Grécia, por exemplo, há uma infinidade de doces feitos com figo seco e prensado", diz Ivan Achcar, chef do restaurante Epice, de São Paulo.
A utilização de figos frescos em pratos salgados é mais característica da cozinha contemporânea, acredita Achcar. Em gomos, valoriza saladas verdes. Também é possível levar o figo fresco ao fogo ou ao forno, mas essa operação é um pouco mais complicada. "A cocção tem de ser muito rápida, para a fruta não desmanchar", explica o chef, que sugere enrolar o figo em fatias de bacon e levar por alguns minutos ao forno ou preparar uma redução de vinagre balsâmico para caramelizar rapidamente a fruta.
Fresco ou seco, o figo tem muitas fibras.

"Por isso, ajuda na função intestinal e aumenta a sensação de saciedade", diz a nutricionista Laura Contin Algodoal, da Sociedade Brasileira de Estudos em Nutrição. É também rico em potássio, o que o torna um bom alimento para ser consumido após atividades físicas. A nutricionista recomenda comê-lo sem a casca, que normalmente contém muito agrotóxico e, para quem está de regime, dar preferência à fruta fresca, bem menos calórica --as cerca de 70 calorias por 100 gramas do figo fresco saltam para 140 na versão seca.

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